Já nem a verdadeira extrema-direita portuguesa gosta de alguma decisões politicas do populista André Ventura, há quem diga que só serviram de trampolim. Depois de ter sido contestado por se ter abstido na votação da “Carta de Direitos Humanos na Era Digital” no passado dia 8 de Abril, o Líder do Chega agora é contestado pela extrema-direita do Partido Ergue-te, ex-PNR (Partido Nacional Renovador), por não ter votado contra o projeto de Joacine Katar Moreira, para a rápida regularização da situação das trabalhadoras e dos trabalhadores imigrantes, nomeadamente no concelho de Odemira, em relação aos quais já foram adquiridos indícios da prática do crime de tráfico de seres humanos.
Este ponto mereceu os votos favoráveis da proponente, Bloco de Esquerda, PCP, PAN, PEV, Iniciativa Liberal e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues e a abstenção de PS, PSD, CDS-PP e Chega.
Aprovado também foi o ponto que recomenda que sejam feitas diligências necessárias de forma a cumprir o regime especial de concessão de autorização de residência a vítimas de tráfico de seres humanos, quando verificada a existência de evidências suficientes de que o crime foi cometido, como já indiciado pelas autoridades responsáveis pela investigação criminal, como a Polícia Judiciária. Só a Iniciativa Liberal mudou o seu voto neste ponto em relação ao anterior, ao abster-se.
O Partido Ergue-te chamou cobardolas na sua página no Facebook a André Ventura, apesar de não ter referido o nome do deputado único do Chega.
O parlamento aprovou hoje parcialmente um projeto de resolução da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira que recomenda a articulação entre as autoridades de investigação criminal e o SEF para a regularização da situação dos imigrantes trabalhadores em Odemira.
Um deputado nacionalista teria votado contra todas estas propostas, ao contrário dos que as aprovaram e dos cobardolas que se abstiveram. A falta que faz o Partido Ergue-te na AR.
Mas nem todos o projeto da ex-deputada do Livre foi aprovado, o ponto onde foi pedido um processo de regularização extraordinária, de forma a conceder, de forma automática, autorizações de residência aos imigrantes que tenham processos pendentes no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, foi chumbado pelo parlamento.
Este ponto mereceu os votos contra de PS, PSD, CDS-PP, Chega e IL, a abstenção de Cristina Rodrigues e os votos favoráveis da proponente, BE, PCP, PAN e PEV.
André Ventura acusou recentemente no parlamento a imigração de origem islâmica de ter aumentado os crimes sexuais em países como a Suécia e Alemanha, e afirmou ainda que a imigração islâmica é um perigo para Portugal, para as nossas mulheres, e sobre as nossas cidades, mas nesta votações optou por uma posição mais moderada, votado sempre ao lado do PS, PSD e CDS-PP.
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