Ex-deputada do PAN, mas que agora é do Chega, e que foi acusada em 2019 pelo partido de André Ventura de não fazer a mínima ideia do que quer, do que defende, nem sequer do que diz, rejeitou ontem qualquer tipo de ofensa pelos deputados do Chega, dizendo que o partido pondera avançar com uma queixa por difamação contra Isabel Moreira, deputada socialista, que acusou a bancada de André Ventura de comentários racistas e misóginos.
Cristina Rodrigues, ex-ativista anti-touradas, ex-defensora da comunidade LGBT+ e do direito ao aborto, e que em tempos vestiu a camisola #ContraUmaContraTodas, afirma que nunca ouviu “quaisquer insultos nos corredores do Parlamento. Há pessoas que são mais educadas e outras menos educadas, mas nunca vi ninguém a insultar ninguém. Os deputados [do Chega] estão, obviamente revoltados”, reiterando que as declarações da deputada socialista se trata de um “ataque político muito reles”.
A deputada Isabel Moreira, em declarações à rádio Observador, acusou ontem o Chega de fazer comentários racistas e misóginos no Parlamento e descreveu um dia-a-dia infernal na Assembleia da República num clima de ofensas constantes:
Uma ofensa e uma injúria permanente, sobretudo das mulheres, quando estamos a passar para falar, em que eu já ouvi coisas como vaca, mugidos, nomes que normalmente se chamam a deputadas assumidamente lésbicas que eu não vou repetir em voz alta, já ouvi, por exemplo, quando uma deputada negra, ao meio-dia dizer: ‘boa noite, senhora deputada’, que é uma coisa normal de se dizer ao meio-dia a uma pessoa negra”.
Isabel Moreira revela que as mulheres são os principais alvos e que as ofensas são proferidas com o microfone desligado para que não possam ser responsabilizados.
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