Últimas Notícias

18ª Marcha do Orgulho do Porto promete maior manifestação de direitos humanos no dia 8 de julho

A Comissão Organizadora da Marcha do Orgulho do Porto marcou a 18ª Marcha do Orgulho do Porto (MOP) para o próximo dia 8 de julho, sábado, com início às 15h na Praça da República. A organização promete a maior manifestação de direitos humanos na Invicta para contestar a proposta da Câmara Municipal do Porto em realizar o arraial fora do centro: “Não aceitamos a invisibilidade, esta também é a nossa cidade.”

CONVOCATÓRIA
Não aceitamos invisibilidade, o Porto também é a nossa cidade.
O Arraial + Orgulhoso do Porto, a festa que sucede ao protesto, foi empurrado para fora do centro da cidade. Não seremos pessoas dignas de sermos vistas pela sociedade? Não teremos o direito de ser quem somos?
Convidamos todas as existências, nacionais e internacionais e que não se encaixem neste sistema de género normativo, pessoas trans, não binárias, género-fluídas para ocupar a linha da frente da maior manifestação de direitos humanos da cidade do Porto. Se te identificas com algumas destas vivências convidamos-te a marcar presença e fazer ouvir a tua voz no primeiro bloco da Marcha do Orgulho LGBTI+ do Porto.
Nesta manifestação, orgulhosamente mostramos os nossos corpos, as almas e as vozes marcadas pela resistência à opressão. Juntem-se ao coletivo neste protesto poderoso e corajoso, que aponta o megafone à Câmara Municipal do Porto, porque estamos fartas, cansadas de sermos periféricas, longe do centro político, longe da cidade que é também nossa, tão orgulhosamente nossa. Convocamos todas as pessoas aliadas, pessoas que acreditam que nenhuma forma de amor deve ser empurrada para a invisibilidade, mas antes acolhida e celebrada.
Vamos à luta com as nossas companheiras, pioneiras da nossa libertação, relembrando que foi graças à sua revolta que o movimento LGBTQIA+ deu os primeiros passos da revolução queer. São elas o farol de uma luta, que se quer unida, mas que está cada vez mais fragmentada por interesses económicos e de privilégio. Não há revolução LGB (Lésbicas, Gays, Bissexuais) sem a libertação de todas as pessoas TQ (Trans, Travestis, Queer).
Vamos ocupar as ruas do Porto, reconhecendo a cada passo, a importância da nossa visibilidade, da nossa solidariedade e da justiça social. A trágica história de Gisberta, uma mulher trans que foi barbaramente assassinada enquanto vivia na invisibilidade, uniu um punhado de pessoas para a primeira mobilização civil pelos direitos LGBTQIA+ no Campo 24 de Agosto como resposta à negligência e abandono que o Porto lhe demonstrou. Reconhecemos, passados 18 anos, que podemos e devemos fazer muito mais por uma luta que se quer transfeminista, antifascista e antirracista. Lutamos contra estereótipos e sistemas que tentam impor uma falsa normatividade. Somos orgulhosamente diversos na maneira como nos exprimimos, na nossa sexualidade e nas nossas identidades.
A Marcha do Orgulho LGBTI+ do Porto reivindica uma cidade que não se rende, uma cidade que não vende o seu orgulho a políticas institucionais que nos tentam calar, empurrar e invisibilizar. Lutamos contra um sistema capitalista, patriarcal e cishetero normativo que nos tenta afastar da centralidade.
O Arraial + Orgulhoso do Porto, a festa que sucede ao protesto, foi empurrado para fora do centro da cidade. Não seremos pessoas dignas de sermos vistas pela sociedade? Não teremos o direito de ser quem somos? A Câmara Municipal do Porto escuda-se dessa responsabilidade, apontando argumentos falaciosos para uma tomada de decisão que põe em risco as nossas vidas. Observamos atentes os avanços da extrema-direita e reivindicamos uma posição firme do poder político local na defesa, na proteção e na celebração da nossa visibilidade.
Dia 8 de julho, às 15 horas, na praça da república, no centro da cidade do Porto, vamos bater o pé e fazer ouvir as nossas vozes. Apelamos à presença das marchas do orgulho de todo o país, movimentos sociais, associações e colectivos dos direitos humanos para que se façam representar nesta revolução. Não aceitamos a invisibilidade. Não há cura para a nossa existência, só orgulho e resistência.

PODE QUERER VER TAMBÉM:

Assessora do Chega foi eleita uma das Desilusões do Ano para site da comunidade LGBTIQA+

PAN acusa o Chega de atacar a comunidade LGBTQIA+ e Inês Sousa Real oferece dicionário a André Ventura

Benfica, Atlético, Liga, Expresso, Público, PlayStation, MTV Portugal e muitos outros juntam-se à causa LGBT

Leave a Reply