No passado dia 5 de Outubro, foram muitos os dirigentes do Chega, que em vez de festejarem o feriado da Implantação da República Portuguesa, de 1910, preferiram festejar, como bons monárquicos, o Tratado de Zamora, de 1143, assinado por D. Afonso Henriques e seu primo, Afonso VII de Leão, o que alguns historiadores consideram como a declaração de independência de Portugal.
Menos de uma semana depois, o líder do Chega, André Ventura, participou num comício do Vox, partido extrema-direita espanhola, e gritou vivas à Espanha.
O que já poderia ser considerado uma traição a D. Afonso Henriques, pode ainda ter um significado maior, quando o partido liderado por Santiago Abascal publicou em janeiro de 2020 um mapa de Espanha com Portugal anexado, o que motivou uma nota enviada à imprensa onde André Ventura exigia “ao dirigente espanhol que o seu partido se retrate pelo mapa que foi divulgado recentemente pelo Vox e que anula a presença de Portugal na Península Ibérica e coloca Espanha a dominar todo o território ibérico”.
Além de exigir a “correção pública deste erro”, o Chega avisava que “irá ainda exigir que tal equívoco não se volte a repetir, sob pena de as relações entre Portugal e Espanha, tão prezadas por ambos os países, poderem sair prejudicadas”.
Um dia depois, o partido Vox, fez novas publicações a promover as manifestações, com a imagem corrigida, apagando Portugal do mapa de Espanha, mas a verdade é que não se retrataram.
Mais de uma ano e meio depois, o partido de extrema-direita espanhola mantém a publicação de Portugal integrado em Espanha.
A imagem com Portugal anexado pela Espanha surge na mensagem publicada na página oficial onde se marcavam manifestações para 12 de janeiro:
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