Não há grandes dúvidas que o Chega e André Ventura são os melhores clientes do Polígrafo da SIC, que ontem fez mais um Fact-Check a uma proposta do partido de extrema-direita.
Em causa está novamente a preocupação do Chega com os valores “milionários” recebidos (média de 119,45 euros por pessoa) por quem tem o apoio do RSI – Rendimento Social de Inserção e a proposta que defende que “quem recebe RSI trabalhe para a comunidade”, especificamente na “limpeza de matas”, “reabilitação de edifícios” e “serviços locais”.
No entanto segundo o site que se baseia em fontes comprovadas para desmontar Fake News, e de acordo com a Síntese de Informação Estatística da Segurança Social referente a agosto de 2021, “os beneficiários de RSI com menos de 18 anos constituem 32,4% do total”, enquanto “as pessoas com 50 ou mais anos perfazem os restantes 28,7%”.
Ficam portanto impossibilitados de trabalhos relacionados com “limpeza de matas” e “reabilitação de edifícios”, os menores de idade e os maiores de 50 anos, quer pela proximidade ou ultrapassagem da idade de reforma, quer pela eventual incapacidade física.
Há também uma parte dos beneficiários de RSI em idade ativa, entre os 18 e os 64 anos, que já trabalha, mas ainda assim não obtém rendimentos suficientes (abaixo dos valores mínimos de acesso ao RSI por agregado familiar – Em 2019 eram 11%).
Seguramente mais de 50% dos beneficiários do RSI não tem idade para trabalhar ou já trabalha, e os outros têm que assinar um contrato de inserção que implica o cumprimento de várias obrigações:
Recusa de emprego conveniente, trabalho socialmente necessário, atividade socialmente útil, ou formação profissional”, resulta na perda do direito ao RSI por períodos entre 12 a 24 meses.
João Tilly, Conselheiro Nº1 do Chega, foi um dos dirigentes a partilhar a proposta, e acrescentou:
Nada mais lógico. Ninguém pode receber dos impostos de quem trabalha para ficar em casa a dormir. E serem acordados pelas funcionárias das IPSS que lhes vão levar a comida a casa – também ela subsidiada pelos programas que envolvem as câmaras municipais (em cujos partidos naturalmente votam).
Depois vão lanchar às pastelarias, fumar tabaco e outros e passear cães de raça pelas ruas.
Enquanto os portugueses se levantam de madrugada, todos os dias, para irem trabalhar e assim poderem pagar esta pouca vergonha.
Há portugueses que terminam o seu dia de trabalho antes que estes eternos turistas se levantem da cama.
Mas o que é isto???
Chega!
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