Cheganos Oficiais, Milena Boto e Castro

Vereadora do Chega foi condenada em processo de compra de sucata roubada a grupo liderado por GNR de Samora Correia

Milena Alexandra Boto e Castro, única vereadora eleita pelo Chega na Câmara Municipal de Benavente, foi segundo o jornal Observador condenada pelo crime de recetação — num processo em que o tribunal deu como provado que comprou sucata roubada a um grupo criminoso liderado por um militar da GNR de Samora Correia.
A direção nacional do Chega disse ao jornal que não tinha conhecimento desta situação e que a mesma vai ser analisada após o qual serão tomadas as necessárias medidas caso se justifiquem.
A autarca do Chega, que em novembro votou contra a atribuição de um apoio social a aluno carenciado por integrar um agregado familiar em que o requerente se encontra em situação ilegal em Portugal, disse ao Observador que desconhecia que o material era roubado e que era apenas uma funcionária de escritório. A dirigente do partido de extrema-direita afirma que enviou o registo criminal para o portal do Chega e que o mesmo está limpo, o que o jornal comprovou, mas questionada sobre como é possível não ter registo criminal, uma vez que foi condenada e não recorreu da decisão, a autarca limitou-se a dizer: “Isso não sei”.
Milena Castro, que foi ex-candidata (20.º lugar) pelo partido de extrema-direita PNR (agora Erque-te) nas legislativas de 2019, foi acusada em 2014 do crime de recetação de sucata furtada, caso que contou com 23 arguidos condenados, trabalhava à data para a empresa do marido, da área do Ambiente no concelho onde agora é vereadora.
O seu companheiro, João Cruz, que é deputado na Assembleia Municipal de Benavente, também eleito pelo Chega, já enfrentou em tribunal um processo pelo mesmo crime mas foi absolvido.

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